Sob o mesmo céu...

Noite Estrelada (Ciprestes e Aldeia), Vincent Van Gogh - 1889

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A distância é sofrida. E a saudade, quase sempre, dolorosa.

Observo, e reflito... Neste céu, o luar. O desejo e a alegria.

Meus olhos te traduzem, pelo brilho e poesia.

Meu Deus, essa saudade. Incomoda e, de repente, faz doer.

Penso. Paro e me acalmo.

Pelo céu, imagino. o único caminho direto, entre mim e você.

O único caminho direto, fora meu pensamento e lembranças.

O céu. Esse céu, que está, ao mesmo tempo, sobre nós dois.

Está, ao mesmo tempo. Olhando. Cuidando. Enfim, iluminando

nossos passos. Nossos caminhos. Nossos olhares.

Esse céu. Esse Sol. Nossa Lua. Ilumina. Chega e transforma.

Nos faz querer. Nos faz sentir. Assim, imaginar.

Quando olho o céu, imagino que, às vezes,

mesmo que por pouco tempo, você também, o olha.

E que você também, o sente.

Respiro fundo. Imagino e observo.

Minha cabeça trabalha. Meu coração desperta.

E eu viajo, por entre meus pensamentos.

Por entre meus sentimentos e por esse seu lindo olhar.

Olhar, que insiste em me provocar. E querer...

Que insiste em compreender. E, que me ajuda a subir e a voar.

Ah minha querida, esse seu olhar... Que caminha e vem pelo ar.

Que vem pelo céu e que me faz viajar. Me faz...

Minha querida , obrigado pelo sentimento.

Obrigado pelo que me fez (e pelo que me faz) sentir.

Obrigado por essas viagens.

E por estar sob o mesmo céu, ao mesmo tempo, em que eu estou.

Obrigado por estarmos juntos, nessa mesma vida.

Vivendo, aprendendo e desejando que esses momentos,

realmente, possam um dia acontecer.

Minha querida, obrigado por me fazer sorrir e chorar.

Por descobrir, sentir e acreditar e, finalmente,

obrigado, pela verdade e por me fazer querer,

de uma maneira maravilhosa, para essa vida, despertar.

Hoje, tenho a certeza de que estaremos, para sempre,

juntos, sob o mesmo céu. E, muito felizes...

Um grande beijo,

Maü Cardoso.