segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Dias difíceis...


Vida Louca, assim. Vida bela...
Cheia de altos. Difíceis... Repleta de baixos.
Pois bem, comecei escrever esse texto,
como normalmente escrevemos.
Como Lua, como vento.
E, como se existisse um “normalmente”,
para se escrever um relato como esse.
Comecei escrevendo isso ou aquilo outro. Meio sem sentido.
Comecei, como se começa: Certo, errado.
Comecei, precisando começar, mas com muita dificuldade.
Nem a cor de fundo azul, eu consegui mudar.
Pensei comigo, fortemente: Estou precisando de ajuda.
De muita ajuda.
Na verdade, esse texto, penso que foi feito,
egoisticamente, para eu tentar me ajudar.
Nos momentos que se seguem, e foram vários,
eu deixava as frases saírem.
Não me importava se estava certo ou errado.
Ou se era bom ou mal.
Os momentos eram traduzidos em palavras, na esperança,
de quando fossem escritas, me ajudassem a entender e refletir,
sobre o que se passava comigo, naquele instante.
São momentos de dor, agonia e sofrimento.
São momentos de tormento e fantasia.
Alguns fleches de alegria, loucura e poesia. São momentos meus...
Hoje, depois de tudo e depois de muito,
penso que, tudo me falta nessa hora.
Hoje, depois de muito, tudo me falta.
Hoje me falta tinta, mas graças a Deus, eu tenho Cazuza.
Hoje não tenho tela, mas tenho poesia.
Hoje, depois da dor, tenho um pouco mais de magia.
Um pouco mais de alegria e encantamento.
Hoje, minha vergonha não é tanta e me possibilita viver.
E, de novo, graças a Deus, acontecer.
Hoje, eu tenho uma noite linda em minha janela.
Tenho uma família maravilhosa indo se deitar.
E um cachorro que me ama.
Que mais posso querer?
Viver em paz, realmente, seria querer demais.
.
Maü Cardoso.

2 comentários:

  1. Maü,
    claro e escuro.. o quanto isso é significativo ao mundo em que vivemos, né? Pudera que a Luz estivesse sempre conosco, dentro e fora, como a alimentar a nossa existência com o que há de bom, feliz e harmônico! Mas... somos ainda obras em progresso, necessitando os dolorosos golpes do buril da vida! Para isso que existe a esperança, não? Para sentirmos a existência de caminhos mais iluminados e belos à frente, não importa o quanto esteja escura e difícil a nossa trajetória.
    Gosto de escrever nos tempos escuros, para me ajudar a compreender o que se passa. Guardo esses textos comigo, como aquela ínfima dose de veneno que inoculada ao corpo ajuda a produção de anticorpos.
    Espero que o sol já tenha saído por detrás das suas nuvens.

    Grande abraço,
    Jone

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  2. Querido Jone, mais uma vez, obrigado pelo carinho e pelas boas energias. E, a resposta à sua pergunta é sim. O Sol já está brilhando. Firme e forte, num céu de brigadeiro.
    E, siceramente, espero que seja por muito tempo. Quiçá, para sempre...
    Forte abraço,
    Maü Cardoso.

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